Manifesto Renasce
por Sofia Moradas
Restaurar a consciência do ciclo menstrual
Restaurar a consciência do ciclo menstrual como âncora espiritual feminina e reconectar-se com a profunda sabedoria transmitida pelas nossas antepassadas.
Esta prática antiga reconhece o vínculo profundo entre o corpo e a alma da mulher, promovendo uma relação harmoniosa com os ciclos naturais.
Às mulheres sábias do futuro e da era moderna, marcada por uma consciência expandida e abordagens visionárias, é tempo de honrar e reverenciar estes ciclos naturais. Fazendo isso, estabelecemos a ligação sagrada entre a alma e o corpo da mulher, abraçando todo o espectro do seu ser.
Este caminho convida as mulheres a:
Honrar os seus Ciclos: Reconhecer e celebrar as fases do ciclo menstrual como um aspecto poderoso da feminilidade. Cada fase oferece pistas e energias únicas que podem ser aproveitadas para o crescimento pessoal e espiritual.
Praticar a Autoconsciência: Envolver-se em práticas conscientes como escrever um diário, meditação e rituais que se alinhem com as fases menstruais. Isto aprofunda a autoconsciência e melhora a conexão entre os aspetos físicos e espirituais.
Abraçar a Comunidade: Criar e participar em comunidades de apoio onde as mulheres possam partilhar experiências, sabedoria e práticas relacionadas com a consciência do ciclo menstrual. Este apoio coletivo amplifica o crescimento individual e comunitário.
Educar e Advogar: Espalhar a consciência sobre a importância do ciclo menstrual na prática espiritual. Advogar pela aceitação e integração destas práticas no ambiente de trabalho e comunidades de bem-estar mais amplas.
Integrar Práticas Holísticas: Incorporar práticas que apoiem a saúde menstrual, como nutrição, fitoterapia e atividades físicas. Estas práticas nutrem o corpo e apoiam a jornada feminina.
Hoje e sempre
Abraçando estes princípios, abrimos o caminho para que as futuras gerações de mulheres sábias vivam em harmonia com os seus corpos e almas, guiadas pela sabedoria dos seus antepassados e pela consciência visionária do futuro.
O caminho para a sabedoria evoluiu das nossas avós, e de todas as mulheres antes delas que não conhecemos, passa hoje por nós e chegará às nossas filhas e netas.
Com raízes profundas no passado, esta é uma nova sabedoria, um corpo moderno de informações que continuará a evoluir ao longo do tempo, ao longo das gerações, e uma sabedoria que escolhemos agora carregar. À medida que praticamos e abrimos o caminho para a consciência do ciclo menstrual fazemos crescer a sabedoria coletiva. Este conhecimento pertence a todas nós.
Uma transformação necessária
Acredito firmemente que o futuro das nossas filhas e do planeta depende do poder do ciclo menstrual e que isso é fundamental para uma transformação emocional e psicológica de todas as mulheres e do mundo.
A doença e a cura
As mulheres estão a adoecer e precisam de mudar profundamente. Sob um grande mar de stress e ansiedade, reside um grande potencial de expansão, e compreender isso é fundamental para aceder ao próximo capítulo das nossas vidas.
Afastadas da nossa essência e da conexão com os nossos ciclos, hoje somos almas que vivem num corpo que não reconhecem. Sofremos uma dor comum – a de não saber quem somos – colocando todo o foco e esforço em encaixarmo-nos numa sociedade que há muito esqueceu as nossas necessidades.
Um novo caminho
Num mundo de violência e competição (que temos apoiado plenamente nas últimas décadas) somos aplaudidas, e logo esquecidas. Num mundo que não honra a mulher sábia, chamando-a de velha, concordamos em perseguir uma juventude que se chama imaturidade, e esquecemos que o propósito de uma vida feminina é segurar a luz para aquelas que vêm depois de nós, honrando o caminho daquelas que vieram antes de nós.
A revolução silenciosa
Esta revolução silenciosa é urgente e necessária para o futuro do mundo, a revolução do autoconhecimento, a religião que honra as nossas antepassadas e a ciência da criação.
Um despertar para o poder que o mundo necessita hoje. É tempo de começar uma nova era, inspirada pelo poder da sabedoria, uma sociedade de mulheres espiritualmente renovadas, uma sociedade sem gurus, guiada internamente pela ciclicidade do corpo feminino – sábia e corajosa.